Confesso que neste ponto da viagem, a ansiedade por ter contato com o Pacífico já é bastante grande, especialmente no meu caso, debutante na vista do grande oceano.
Esculturas no deserto na saída de Arica/CH |
Logo na saída da cidade de Arica, há um monumento em meio ao deserto litorâneo que nos acompanha até o destino final, cuja parada obrigatória ocorre para algumas fotos.
O interesse por aquele cenário é certo, pois são os primeiros contatos mais pacífico, digamos, com o deserto chileno que será sua companhia por dias, portanto são praticamente imperdíveis e constantes as paradas neste trecho do trajeto.
A propósito, desde o dia anterior quando se adentra ao Chile, a paisagem que vai nos acompanhar até a saída na Argentina é de deserto. A vegetação, quando presente, é rasteira, no máximo alguns arbustos em alguns casos propositalmente plantados para conter o vento às margens da rodovia.
Serpenteando ao longo de grandes vales com dunas arenosas mais semelhantes a montes de pedriscos muito imponentes, a ruta Panamericana segue solitária sem que se encontre cidades adiante; apenas pequenas vilas com pouca estrutura podem ser vistas no trecho, o que deve ser considerado em relação ao abastecimento da moto. De Arica, o local que paramos para abastecimento das motos com menos autonomia foi Pozo Almonte, distante 267Km da partida e a 5Km da entrada para Iquique.
Caso necessite abastecer, a hora é agora |
Com excessão da GS Adventure, todas as motos abasteceram em Pozo Monte. No posto de combustíveis encontramos uma excelente estrutura incluindo um bom lanche e local de descanso. O local do posto é S20 15.753 W69 47.129. Inclua no seu GPS pois pode ser importante.
Neste caminho entre Arica e Iquique, cruza-se o Parque Nacional Salar del Huasco, uma reserva natural chilena com vários atrativos onde se podem desenvolver atividades de caminhada, observação da fauna e flora, montanhismo, fotografia, pedaladas e as partidas podem ser feitas diretamente de moto ou com escursões saindo de Pozo Almonte ou Pica, duas cidades referência para visitas ao parque.
Humberstone: museu a céu aberto |
Logo que se faz o desvio em Pozo Almonte, saindo da Ruta Panamericana para a CH16, encontra-se Humberstone, uma antiga cidade de mineradores ruínada, hoje um museu a céu aberto às margens da rodovia. Para todo explorador, visita conveniente.
Satisfeitas as visitações, continua-se para Iquique que em poucos kilômetros será alcançada.
Chegando na cidade portuária e zona franca chilena, o cenário é de tirar o fôlego. Pouco antes, em Alto Hospicio, já se podem observar grandes dunas e o oceano e na entrada da cidade, uma duna em especial, absurdamente grande, vista inicialmente apenas pelo pico, e circundada por vôos de dezenas de parapentes.
Chegada a Iquique. |
Ao nível do mar, já dentro da cidade, o trânsito é fluído embora de cidade grande.
Os hoteis ficam quase todos na orla. São os mais caros, mas bem pouco adentro da cidade, encontram-se boas oportunidades de hospedagem como a que ficamos, o SPARK HOTELES (Amunátegui, 2034, Iquique, www.sparkhotel.cl, reservas@sparkhotel.cl em -20.2234 S, -70.14566 W)
A zona franca foi visitada ainda no dia da chegada. Confesso que não é o que conhecemos como Ciudad del Este. Os preços são mais elevados, embora se encontrem muitos artigos com bons preços.
Do ponto de vista gastronômico, a cidade é imperdível. Fomos em um restaurante temático chamado Neptuno e degustamos um delicioso peixe do pacífico por um bom preço.
No dia seguinte, seguindo a costaneira até Tocopilla, onde desviamos para Calama e posteriormente São Pedro de Atacama.
Algumas fotos a mais:
Jartar às margens do Pacífico |
Jantar no Neptuno |
Descida a Iquique: vista deslumbrante |
Ruta Panamericana: retas que se perdem no horizonte |
CH05: muito bonita e conservada |
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